quarta-feira, 25 de junho de 2014

Juro cobrado de pessoas físicas em maio é o maior desde julho de 2011


As taxas de juros cobradas das pessoas físicas voltaram a subir em maio e atingiram o maior patamar desde julho de 2011. De acordo com dados do Banco Central (BC), a taxa média correspondeu a 42,5% no mês passado, ante 42% em abril, considerando apenas as concessões com recursos de livre aplicação pelos bancos. 
Para as empresas, o juro das operações com recursos livres mostrou alta mais modesta, saindo de 22,9% para 23%. O juro médio total com esses recursos, considerandos pessoas físicas e jurídicas, passou de 31,7% para 32%, maior patamar desde fevereiro de 2012.
Olhando o agregado do sistema (crédito livre mais crédito direcionado), a taxa média subiu de 21,1% para 21,4%, o maior nível desde abril de 2012.
O BC mostrou ainda que o saldo de operações de crédito para a compra de veículos apresentou queda pelo quinto mês seguido. A retração na carteira de empréstimos com recursos livres foi de 0,5% em maio, para R$ 188,075 bilhões. Em 12 meses, o saldo acumula queda de 2,7%. 
Já a inadimplência nessa modalidade permaneceu estável pelo terceiro mês seguido, em 5%. A taxa de juros média teve alta de 0,4 ponto percentual, para 23% ao ano. Em 12 meses, o juro médio subiu 3,3 pontos percentuais nessa modalidade.




quarta-feira, 18 de junho de 2014

Problema de oferta

É importante entender a necessidade de harmonizar o crescimento do consumo com o do investimento

O aumento da inflação está entre os motivos desse clima de pessimismo que se criou na economia nos últimos meses. É desagradável, produz alguns efeitos complicados, mas o surpreendente é que está ligado a uma importante redução do ritmo de crescimento do País.
O último número do IBGE mostra que crescemos no primeiro trimestre deste ano, com relação ao último trimestre do ano passado, 0,2%, índice extremamente baixo que aumenta a preocupação sobre o resultado de 2014, a indicar a possibilidade de o Brasil crescer um pouco mais de 1% ou 1,5%, exceto se houver uma recuperação muito importante que não parece estar à vista.
O que deveria surpreender é por que o crescimento médio tão sem graça dos últimos anos não teve efeito visível sobre a taxa de inflação e por que a inflação não está respondendo (como se esperava) à política monetária em vigor há mais de um ano. O primeiro resultado do aumento da taxa básica de juros em 3,75 pontos é a redução do nível da atividade a que estamos assistindo. A taxa de crescimento do nível de crédito também se reduziu porque o tomador do crédito – o consumidor, o trabalhador – começou a ficar preocupado se amanhã poderá manter o emprego; ele reduz a demanda de crédito e o banqueiro diminui a oferta porque imagina que o tomador vai perder o emprego e pode se tornar inadimplente.
Um terceiro efeito é a valorização do câmbio, que reduz ainda mais as exportações de manufaturados e estimula importações que cortam empregos, tudo na direção que deveria acontecer, reduzindo a pressão da atividade sobre os preços.
A explicação é, sem dúvida, complicada, mas é possível resumi-la em alguns itens que podem ajudar a entender o problema (pelo menos em parte):
1. A política monetária é necessária para controlar a inflação, mas não suficiente. Se não houver apoio de política fiscal que reduza a demanda do setor público e de política salarial que compatibilize o consumo com o investimento, seu custo é politicamente inaceitável.
2. Existe um limite para a arbitragem do governo sobre a distribuição de renda a favor do trabalho numa economia de mercado. Quando ele é excedido, gera inflação, porque os empresários tentam transferir para os preços o aumento do salário real superior à produtividade física do trabalho. Na medida em que não tenham sucesso, reduzem os investimentos pela queda da capacidade de seu financiamento e o crescimento murcha.
3. É impossível fixar ao mesmo tempo o pleno emprego e o salário real numa economia de mercado. Quando o governo subsidia os setores em que a demanda está mais fraca para manter o emprego, ele atrapalha o funcionamento do sistema. O custo do subsídio transforma-se em pressão fiscal que deságua na dívida pública e pressiona o juro real.
4. A queda da inflação exige a redução de sua expectativa, o que é difícil quando preços controlados sugerem um aumento futuro.
A política monetária foi projetada para reduzir o nível da atividade e, portanto, reduzir a pressão sobre os preços. Ela está fazendo isso, mas a insensibilidade da inflação tem sido enorme porque as causas da rigidez das taxas são na verdade produzidas por um excesso da demanda pública e por uma política salarial que estimulou aumentos reais muito acima dos aumentos da produtividade. Isto é bom do ponto de vista distributivo, mas pode ser desastroso do ponto de vista produtivo.
O importante é compreender isso: precisamos harmonizar o crescimento do consumo com o crescimento do investimento, o que, infelizmente, não aconteceu. Os dados do IBGE sobre o crescimento informam que caíram os dois – consumo e investimento –, o que talvez mostre que estamos começando a sentir com mais intensidade os efeitos da política monetária. A surpresa não é nem a queda do nível da atividade, mas que essa redução não tenha afetado o crescimento dos preços.
Em resumo, temos um problema de oferta, cuja solução exige um constante aumento da produtividade, que depende das ações de governo e do empenho de todo o setor privado da economia.
Fonte:http://www.cartacapital.com.br/revista/804/problema-de-oferta-6573.html

segunda-feira, 16 de junho de 2014


Brasil e Alemanha estreitam os laços e 


buscam maior dinamismo comercial



A presidente Dilma Rousseff afirmou na noite de ontem, após reunião com a chanceler alemã Angela Merkel no Palácio da Alvorada, que há espaço para que os dois países aumentem os fluxos bilaterais comerciais e de investimentos. Dilma também reafirmou a determinação do Brasil e do Mercosul de avançar no acordo do bloco com a União Europeia. Merkel também defendeu as negociações nesse sentido. "Vou fazer o possível para que se possa dar um passo à frente".
Ambas também confirmaram o interesse em criar um instrumento de consultas entre os dois governos a partir do próximo ano, como informou o Valor, e a disposição de estimular a vinda ao Brasil de pequenas e médias empresas alemãs. Dilma indicou à chanceler alemã oportunidades de investimentos em infraestrutura e logística no país, e Merkel reconheceu "o enorme potencial" do Brasil. A chanceler também destacou que a cooperação entre Alemanha e Brasil em formação profissional pode ser aprofundada.
Em seu pronunciamento, Dilma afirmou que o Brasil quer "elevar e estreitar" parcerias com a Alemanha e relatou ter conversado com a chanceler alemã, entre outros temas, sobre os recentes anúncios de investimentos alemães no Brasil, sobretudo nas indústrias química e automobilística. Ao defender um aumento nas exportações do Brasil para aquele país, Dilma destacou que o país precisa ampliar os embarques de maior valor agregado.
Temas como mudanças na governança global, agenda de paz, segurança internacional e segurança das comunicações eletrônicas também estiveram na agenda. Merkel está no Brasil para acompanhar a estreia da seleção alemã na Copa do Mundo, hoje em Salvador. Sistemas de segurança em comunicações eletrônicas é um assunto que aproximou politicamente os dois países após as denúncias de espionagem por parte do governo dos Estados Unidos. O governo brasileiro avalia que há uma aproximação política e interesses econômicos "muito grandes" entre os dois países.
A resolução proposta em conjunto por Brasil e Alemanha no âmbito da ONU contra a espionagem americana é encarada como um dos principais "indicativos" de uma maior aproximação entre os dois países. Mas também são lembradas outras "posições semelhantes" em questões internacionais, como nos conflitos na Síria e na Líbia ou a tentativa de negociação de uma reforma do Conselho de Segurança da ONU.
É esse amadurecimento da relação que justifica a instituição, a partir de 2015 - preferencialmente durante uma visita oficial de Merkel ao Brasil -, de uma espécie de comissão de alto nível para que Brasil e Alemanha façam consultas mútuas periódicas, proporcionando "um formato de diálogo com mais fluidez". Conforme o governo brasileiro, o intercâmbio comercial entre Brasil e Alemanha atingiu US$ 21,7 bilhões em 2013. A Alemanha é o principal parceiro comercial do Brasil na Europa e o quarto parceiro comercial brasileiro no mundo.

Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/3584656/brasil-e-alemanha-estreitam-os-lacos-e-buscam-maior-dinamismo-comercial#ixzz34paOZuwL

quarta-feira, 11 de junho de 2014

As declarações mais estúpidas antes da Copa do Mundo de 2014


Quatro longos anos. E a espera para o começo de mais uma Copa do Mundo trouxe junto uma série de declarações estúpidas de pessoas diretamente envolvidas com a organização do Mundial ou de personalidades que aproveitam o primeiro microfone para descarregar asneiras. A dois dias do início da Copa do Mundo no Brasil, uma seleção do crème de la crème, em ordem cronológica. Divirta-se!
1.
“Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015. E aí, acabou”
Crédito: Agência Brasil
Crédito: Agência Brasil
“A imprensa é a maior culpada de tudo isso. Por ser toda paulista, passou três anos tentando enfiar goela abaixo o Morumbi. Com isso, atrasaram todos os projetos”. Ricardo Teixeira, julho de 2011 
Renunciou em 2012. Culpa da imprensa, claro.
2.
“A gente vai receber Copa do Mundo e sem estádio não faz Copa do Mundo, amigo. Não faz Copa do Mundo com hospital. Tem que fazer estádio, senão não tem Copa do Mundo também”. Ronaldo, dezembro de 2011
Curioso vindo de um jogador que precisou usar um hospital horas antes de uma final de Copa do Mundo
3.
Crédito: Rafael Ribeiro | CBF
Crédito: Rafael Ribeiro | CBF

“Se não tiver pressão para quem joga futebol, é melhor trabalhar no Banco do Brasil, ali na esquina, sentar no escritório e não fazer nada”. Felipão, novembro de 2012
Imaginamos que o Felipão não tenha baixado o informe de rendimentos do Banco do Brasil para a declaração do Imposto de Renda.
4.
“As coisas não estão funcionando. Muitas coisas estão atrasadas. O Brasil merece um chute no traseiro”. Jerome Valcke, março de 2012 
Dois anos depois, e o traseiro continua intacto.
5.
Crédito: Tânia Ribeiro | Agência Brasil
Crédito: Tânia Ribeiro | Agência Brasil
“Gringo, no geral, não conhece o nosso jeitinho brasileiro de ser, de fazer as coisas. Acho que é muito característico isso, no brasileiro, de fazer as coisas no último momento e começar uma correria”. Ronaldo, dezembro de 2013 
Que o diga o jogador que casou num castelo e separou menos de 3 meses depois
6.
“Nunca vi uma noiva chegar na hora, e nunca vi um casamento deixar de acontecer por causa disso”.Aldo Rebelo, dezembro de 2013 
Talvez você não tenha sido convidado, ministro
7.
“O que a Fifa pode fazer é pedir a Deus ou a Alá ou quem quer que seja que nenhum acidente relacionado a Copa do Mundo aconteça”. Joseph Blatter, dezembro de 2013
Aconteceu, Blatter. Melhor deixar Deus fora dessa…
8.
 “Infelizmente o Romário tem um pensamento, o meu é totalmente diferente. A Fifa não pediu pra fazer a Copa aqui, nós é que lutamos muito. Queria que ele estivesse do nosso lado. Fizemos uma grande dupla, foi coisa de Deus, e a gente queria ele aqui perto, mas infelizmente está nessa situação que todos sabemos”. Bebeto, junho de 2013
Bebeto, infelizmente você está nessa situação que todos sabemos.
9.
“Vamos esquecer essa confusão que está acontecendo no Brasil, todas essas manifestações, e apoiar a seleção brasileira, que é o nosso país”. Pelé, junho de 2013
Entendeu por que tanta gente prefere o Maradona?
10. 
 “Se a Argentina vencer o Brasil na Copa do Mundo, eu me mato. Eles têm o Messi e o Papa. Eles não podem ter tudo”. Eduardo Paes, junho de 2013
Fica a seu critério, prefeito
11. 
Crédito: Ricardo Stuckert | CBF
Crédito: Ricardo Stuckert | CBF
“Faltam 10 meses para começar a Copa. Não vai dar tempo para ver o que foi gasto. Então vamos aproveitar para arrecadar com turismo e compensar o dinheiro que foi roubado dos estádios”. Pelé, setembro de 2013
Rouba, mas faz? Paulo Maluf curtiu isso
12.
Crédito: Antonio Costa | GEPR
Crédito: Antonio Costa | GEPR
“Vou dizer algo que é maluco, mas menos democracia às vezes é melhor para se organizar uma Copa do Mundo. Quando você tem um chefe de Estado forte, que pode decidir, assim como Putin poderá ser em 2018, é mais fácil para nós, organizadores, do que um país como a Alemanha, onde você precisa negociar em diferentes níveis”. Jérôme Valcke, abril de 2013 
Fique tranquilo, Valcke. A Copa no Qatar vai ser uma teta.
13.
“Não tem obstáculos para o Brasil. Os estádios vão ficar prontos, a mobilidade urbana vai ficar pronta e nós vamos fazer a melhor Copa do Mundo dos últimos anos. Eu não sei se alguém será capaz de fazer uma Copa do Mundo mais pacífica e mais participativa do que a do Brasil”. Lula, maio de 2013 
CALMA, CARA
14.
Um Mundial sem mim não vale a pena. Por isso não há necessidade de esperar chegar a Copa“.Ibrahimovic, novembro de 2013
Já valeu a pena em 2010, inclusive.
15.
 “Ando de avião há mais de 40 anos e a única vez que fui assaltado na vida foi no aeroporto de Paris”.Aldo Rebelo, dezembro de 2013 
Ah, então agora podemos dormir sossegados.
16.
Crédito: Ricardo Stuckert | CBF
Crédito: Ricardo Stuckert | CBF
“Estamos no purgatório. Se ganharmos a Copa, vamos para o céu. Se perdermos, vamos para o inferno”. José Maria Marin, março de 2014 
E você fica sem a medalha de ouro…
17.
“Neymar e Cristiano Ronaldo nasceram no mesmo dia. Mas com a idade de Neymar, Ronaldo era um medíocre. Hoje, Cristiano só é superior a Neymar no peso”. Wagner Ribeiro, setembro de 2013
O melhor jogador do mundo em 2013 manda um forte abraço
18.
“Um jogador brasileiro que se recusa a vestir a camisa da Seleção Brasileira e a disputar uma Copa do Mundo no seu país só pode estar automaticamente desconvocado. Ele está dando as costas para um sonho de milhões, o de representar a nossa seleção pentacampeã em uma Copa do Mundo no Brasil”. Felipão, outubro de 2013 
E entre tantos milhões, acabou sobrando o Jô
19.
“Devemos dizer aos brasileiros que eles terão uma Copa do Mundo e que eles devem mostrar as belezas de seu país a paixão pelo futebol. Se eles puderem esperar um mês antes de organizarem manifestações, será bom para o Brasil e para o mundo do futebol”. Michel Platini, abril de 2014 
Não nos parece que a Revolução Francesa esperou o fim do segundo tempo
20.
Sergio K
“Maradona Maricón. C. Ronaldo is gay. Messi Cabrón”. Grife Sergio K, abril de 2014
A 5ª série B anda na moda
21.
Crédito:  Paulino Menezes | Portal da CopaME
Crédito: Paulino Menezes | Portal da CopaME
“Acho que a Copa tem uma maldição nata: ela foi trazida pelo presidente que não é aceito até hoje por setores da sociedade, que é o Lula”. Aldo Rebelo, abril de 2014
Presidente eleito duas vezes de forma democrática. Realmente faz todo o sentido.
22.
‘Tenho que ouvir idiotas falando que dinheiro público foi usado no estádio. Foi usado dinheiro do Corinthians’. Luis Paulo Rosenberg, abril de 2014 | entrevista à FOX Sports Rádio
Sofremos do mesmo mal. Só que vem daqueles que negam o óbvio
23.
Não conheço [no Brasil] nenhuma reforma ou construção que seja entregue no prazo. Que não haja um acidente de trabalho. Que não haja estouro do orçamento. Estamos no Brasil, e o brasileiro termina tudo em cima da hora. É cultura nossa”Mario Gobbi, abril de 2104
Uma cultura para se aplaudir de pé
24.
“Não faz sentido achar que festa de aniversário é hora adequada para mamãe e papai discutirem a relação, brigarem diante dos convidados.” Nizan Guanaes, maio de 2014
Ainda mais com tanta cerveja Brahma na geladeira, não é?
25.
ibrahimovic
“Brazil! I think I’ll have to change my vacation plans”. Ibrahimovic, maio de 2014
Ótimo, terá uma TV enorme na Avenida Paulista
26.
“”Nós nunca reclamamos de ir a pé (ao estádio). Vai a pé, vai descalço, vai de bicicleta, vai de jumento, vai de qualquer coisa. A gente está preocupado? Ah não, porque agora tem de ter metrô até dentro do estádio. Que babaquice que é essa?”. Lula, maio de 2014
O estádio está de pé? O torcedor que se vire agora. Parabéns a todos os envolvidos.
27.
“A CBF é exemplo. É o Brasil que dá certo”. Carlos Alberto Parreira, maio de 2014
Não surpreende vindo de alguém que disse: “O gol é apenas um detalhe”.
28.
“Sobre os vândalos, acho que tem que baixar o cacete neles, tirar da rua”. Ronaldo, maio de 2014
Ronaldo: foi-se o ídolo, ficou a estupidez.