Em 15 anos, o cantor construiu um império de
negócios diversificados e associou sua marca a cruzeiros marítimos,
condomínios residenciais e comerciais, panetones, touros, vacas e
cartões de crédito. E isso é só o começo.
A primeira opção parece mesmo um sonho distante. Difícil imaginar o
Rei por aí, na boleia de um caminhão, dirigindo pelas estradas,
carregando e descarregando mercadorias.
Já o segundo sonho –
embora não literalmente – está mais próximo de se concretizar com o
lançamento, logo após o Carnaval, de um megaempreendimento imobiliário
na Vila Olímpia, uma das áreas mais nobres da São Paulo.
Trata-se do primeiro projeto da incorporadora Emoções, que tem como
sócios, além de Roberto Carlos, os empresários Ubirajara Guimarães, seu
amigo há mais de 30 anos, Jorge “Dody” Sirena, manager e sócio do
cantor em outros negócios, e o irmão de Dody, Jaime Sirena.
A Emoções é dona de 50% no Edifício Horizonte, que, assim como
todos os negócios que envolvem o cantor, teve seu nome inspirado em um
de seus grandes sucessos (para quem é fã do Rei, nesta parte é só
cantarolar: “além do horizonte deve ter algum lugar bonito pra viver em
paz”.) Os outros 50% pertencem às incorporadoras AAM e Toledo Ferrari.
investimento previsto é de R$ 200 milhões na obra de duas torres – uma
comercial de 15 andares e outra residencial com 39 andares. O Valor
Global de Vendas (VGV) do empreendimento é calculado pelos empresários
em R$ 300 milhões, o que significa dizer um retorno de 50% sobre o valor
investido, quando a média do mercado é de 15% a 20%, segundo
especialistas do setor.
O próximo passo da incorporadora Emoções (“quando eu estou aqui, eu
vivo este momento lindo”) é a construção de um condomínio residencial
em Indaiatuba, no interior de São Paulo, e um conjunto imobiliário em
Santa Catarina, que envolve a construção de um hotel, um condomínio
residencial e uma marina – com capacidade para barcos de pequeno, médio e
grande portes.
Embora não adiantem maiores detalhes desses investimentos, os
sócios já deixam escapar duas informações. A primeira: o nome de cada
rua, tanto do condomínio de Indaiatuba, quanto em Santa Catarina, será o
título de uma das canções de Roberto Carlos. A outra é o tamanho do
investimento catarinense. “Estamos falando de algo em torno de R$ 150
milhões”, diz Ubirajara Guimarães.
Amigos de fé: Ubirajara Guimarães (em pé), parceiro há mais de 30 anos do cantor,
e Dody Sirena, empresário e radar de novas oportunidades de negócios
A incursão de Roberto Carlos pelo ramo imobiliário é apenas a parte mais visível do artista no papel de empreendedor. Nos
últimos 15 anos, o Rei construiu um império empresarial, com negócios
nos setores financeiro, agrícola e de turismo, além do imobiliário, que
devem movimentar cerca de R$ 350 milhões só em 2011.
Esse valor não leva em conta o que o cantor ganha com shows, venda
de CDs ou de direitos autorais, um dado guardado a sete chaves, mas que
deve ultrapassar os R$ 100 milhões por ano, segundo estimativas do
mercado.
Há sete anos, por exemplo, ele lançou a Amizade Empreendimentos
(você meu amigo de fé, meu irmão camarada), uma empresa especializada na
organização, operação e cobrança de cruzeiros marítimos.
O principal produto da empresa, que conta com 30 funcionários, é o
Projeto Emoções Em Alto-Mar, como foram batizados os cruzeiros que o Rei
realiza pelo menos uma vez por ano. No início, os cruzeiros aconteciam
no navio Costa Vitória, com capacidade para 2,2 mil passageiros.
(...)
Fonte?<http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/50337_AS+EMOCOES+EMPRESARIAIS+DE+ROBERTO+CARLOS>