quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sindicatos convocam greve geral contra reformas na Previdência

Por Renata Giraldi

Os trabalhadores da Grã-Bretanha prometem fazer nesta quarta-feira 30 a maior paralisação geral dos últimos 30 anos. Cerca de 2 milhões de trabalhadores anunciaram que vão aderir ao movimento. A paralisação foi convocada como protesto às medidas em estudo pelo governo que sugerem nova base de cálculo para o pagamento de benefícios da Previdência Social e impõem mais tempo de atividades aos trabalhadores.
A greve geral dos britânicos ocorre depois de portugueses e gregos terem feito movimentos semelhantes. Os dirigentes sindicais de 30 entidades coordenam a ação. Os trabalhadores reclamam que terão de trabalhar mais tempo para atingir a idade de aposentadoria.
Os sindicatos reagem às reformas, propostas pelo governo, de mudanças na Previdência Social do setor público. Pelas propostas, o cálculo das pensões, de acordo com os salários de fim de carreira pela média dos anos de trabalho, levará à redução de valores dos benefícios.

A paralisação atingirá escolas, órgãos públicos – como atendimento em centros de emprego,  tribunais, museus, bibliotecas -, a área de  inspeção de finanças, policiais e enfermeiros. Há ainda a expectativa de que funcionários dos aeroportos também paralisem as atividades.
O Trades Union Congress (TUC), plataforma que reúne 58 dos principais sindicatos do país, disse que será a maior mobilização em mais de 30 anos.
Nos últimos meses, a Grécia e Portugal viveram dias de paralisação. Nos dois países, os trabalhadores temem reformas propostas pelo governo para combater os impactos da crise econômica internacional. As medidas de austeridade sugerem corte de pessoal, redução de salários e benefícios.

BC volta a cortar juro em 0,5 ponto e é criticado por falta de ousadia




BC volta a cortar juro em 0,5 ponto e é criticado por falta de ousadia
Comitê de Política Monetária baixa juro a 11% e prossegue em estratégia do governo Dilma contra crise econômica global. Tamanho da queda era esperado pelo 'mercado' mas, para industriais e sindicalistas, Banco Central repete conservadorismo com corte 'tímido'. Redução anula ciclo de alta com Dilma e devolve taxa a patamar deixado por Lula. Juro real vai a 5,5%.
Data: 30/11/2011
BRASÍLIA – O Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (30), pela terceira vez seguida, cortar em meio ponto a taxa de juros que proporciona lucro a um terço dos detentores de títulos públicos, fixando-a em 11%. A queda, no tamanho esperado pelo “mercado”, foi considerada tímida por industriais e centrais sindicais, que cobram reduções maiores para que a economia real brasileira enfrente em condições melhores a crise global.

A frustração com o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que já tinha sido expressa depois da decisão anterior, tomada em outubro, foi divulgada em notas oficiais coletivas, o que não é usual em se tratando das entidades em questão.

Uma delas é assinada pelos presidentes do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo, Miguel Eduardo Torres, e do ABC paulista, Sérgio Nobre, e pelos presidentes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto.

“A situação é grave e não há pressão inflacionária, e concordamos que o Copom deveria ter feito um corte mais agressivo na taxa de juros, para afastar de vez o risco de redução da produção e do emprego”, diz o grupo.

A outra nota é de autoria dos presidentes de cinco, das seis centrais sindicais do país: Paulo Pereira da Silva, da Força Sindical; Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT); Wagner Gomes, da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB); José Calixto, da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST); e Ubiraci Dantas, da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

“Entendemos que o Banco Central perdeu uma ótima oportunidade de aproveitar-se do encolhimento da demanda mundial para fazer uma drástica redução na taxa de juros, que poderia funcionar como um estímulo para a criação de novos empregos e para o aumento da produção no País”, afirmam os sindicalistas.

Em entrevista recente à Carta Maior, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, também havia defendido que o BC deveria intensificar o corte de juro, por conta da crise mundial, que estaria pior do que o imaginado antes.

Apesar das críticas, a opção do BC até agora tem sido de “moderação” na calibragem do juro, como repetiu no comunicado em que divulgou a decisão. “O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012”, diz.

Com essa decisão, o BC do governo Dilma termina seu primeiro ano praticamente zerando o ciclo de alta de juros iniciado em janeiro e devolvendo a taxa ao patamar que herdara da gestão Lula. Em janeiro, a taxa era de 10,75%. Para conter a inflação, foi elevada cinco vezes consecutivas, até chegar a 12,5%, em julho.

Com a decisão de agora, o juro real brasileiro, ou seja, o lucro de que compra título público quando se desconta, está em cerca de 5,5%. A taxa é calculada a partir da inflação prevista pelo “mercado” para os próximos 12 meses. Segundo pesquisa semanal do BC com o “mercado”, a previsão hoje é de uma alta de 5,5%. O juro real de hoje é o menor em um década.

Juros caem 0,5 ponto e vão a 11%, a menor taxa do governo Dilma

30/11/2011 - 19h46


Do UOL Economia, em São Paulo


O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira (30) cortar a taxa básica de juros (a Selic) em 0,5 ponto percentual, indo de 11,5% para 11% ao ano. É a menor taxa do governo Dilma. O menor valor até então era o de janeiro deste ano, com 11,25%. A decisão do Copom, que é formado por um colegiado de diretores do BC, foi unânime.
Esta é a terceira vez seguida no governo Dilma, iniciado em janeiro deste ano, em que a taxa é reduzida.
A Selic é usada pelo BC para tentar controlar o consumo e a inflação ou estimular a economia. Quando a taxa cai, estimula o consumo. Quando sobe, reduz a atividade econômica porque os empréstimos e as prestações ficam mais caros.



Analistas já esperavam uma nova queda de 0,5 ponto percentual.
Em comunicado, o Copom informou que o ajuste é necessário diante da situação da economia mundial: "Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 11% ao ano, sem viés. O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012."
Esta foi a oitava reunião do Copom sob o mandato da presidente Dilma Rousseff e com o BC sob o comando de Alexandre Tombini. Foi também o último encontro do ano.
Nas primeiras cinco reuniões, o comitê decidiu elevar a taxa. Nas duas primeiras, a alta foi de 0,5 ponto percentual. Em outras três posteriores, o aumento foi de 0,25 ponto percentual. Já na sexta reunião o BC surpreendeu o mercado ao anunciar um corte de 0,5 ponto percentual. No sétimo encontro, houve outro corte de 0,5 ponto.
No início do governo Dilma, a Selic estava em 10,75%.

Entenda a relação entre juros e inflação

Os juros são empregados, em outras razões, para tentar controlar a inflação. Quando o Banco Central considera que há risco de inflação, ele eleva os juros. Assim, as prestações e os empréstimos ficam mais caros e as pessoas consomem menos. Isso ajuda a reduzir a inflação.
Quando a economia mais fraca e as pessoas gastam menos, o BC faz contrário, reduzindo os juros e o custo dos empréstimos, para estimular as compras.
A alta de preços ocorre quando há muita procura por produtos e menos quantidade para atender a essa necessidade.
A inflação oficial é medida pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O centro da meta do BC para a inflação neste ano é de 4,5%.
A meta pode ter variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, ou seja, a inflação poderia ir de 2,5% a 6,5%.
Nos últimos 12 meses, até setembro, a inflação acumula alta de 6,97%. O índice já esteve mais alto neste ano, mas ainda continua acima do limite máximo da meta do governo (os 6,5%).
Em meados do ano, o governo adotou medidas para desestimular o consumo: aumentou o valor do pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito; elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre gastos no cartão de crédito fora do país e sobre captações de recursos no exterior; tornou obrigatório uma entrada de pelo menos 20% nos financiamentos entre 24 e 36 meses para carros novos ou usados.
Agora a preocupação é de que o consumo se mantenha, para o país não enfrentar problemas, em razão da crise global.

Juros altos são bons para algumas aplicações

Os juros no Brasil ainda são considerados muito altos. Um aspecto positivo dos juros altos é que eles remuneram melhor as aplicações financeiras. Isso é bom para os investidores brasileiros e também para os estrangeiros que procuram o país.
Quando alguém investe em fundos ou títulos públicos, por exemplo, recebe um rendimento mensal maior se os juros estiverem mais altos.
Por outro lado, os juros altos prejudicam as empresas, que ficam mais receosas de tomar empréstimos para investir em expansão.
Por isso os empresários reclamam dos juros altos. Nesse cenário, também se torna mais difícil a criação de empregos.
O Copom foi instituído em junho de 1996 para estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros.
O colegiado é composto pelo presidente do Banco Central e os diretores de Política Monetária, Política Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administração.
(Com informações da Reuters)

Reino Unido

30.11.2011 09:18

Sindicatos convocam greve geral contra reformas na Previdência

Por Renata Giraldi
Os trabalhadores da Grã-Bretanha prometem fazer nesta quarta-feira 30 a maior paralisação geral dos últimos 30 anos. Cerca de 2 milhões de trabalhadores anunciaram que vão aderir ao movimento. A paralisação foi convocada como protesto às medidas em estudo pelo governo que sugerem nova base de cálculo para o pagamento de benefícios da Previdência Social e impõem mais tempo de atividades aos trabalhadores.
A greve geral dos britânicos ocorre depois de portugueses e gregos terem feito movimentos semelhantes. Os dirigentes sindicais de 30 entidades coordenam a ação. Os trabalhadores reclamam que terão de trabalhar mais tempo para atingir a idade de aposentadoria.
Os sindicatos reagem às reformas, propostas pelo governo, de mudanças na Previdência Social do setor público. Pelas propostas, o cálculo das pensões, de acordo com os salários de fim de carreira pela média dos anos de trabalho, levará à redução de valores dos benefícios.
                              
                                                   (...)


A paralisação atingirá escolas, órgãos públicos – como atendimento em centros de emprego,  tribunais, museus, bibliotecas -, a área de  inspeção de finanças, policiais e enfermeiros. Há ainda a expectativa de que funcionários dos aeroportos também paralisem as atividades.
O Trades Union Congress (TUC), plataforma que reúne 58 dos principais sindicatos do país, disse que será a maior mobilização em mais de 30 anos.
Nos últimos meses, a Grécia e Portugal viveram dias de paralisação. Nos dois países, os trabalhadores temem reformas propostas pelo governo para combater os impactos da crise econômica internacional. As medidas de austeridade sugerem corte de pessoal, redução de salários e benefícios.

domingo, 27 de novembro de 2011

Os formandos do Curso de Ciências Econômicas do período 2011. 1, tem o prazer em convidá-los para as solenidades de sua formatura.

                                  SOLENIDADES:
               
CULTO ECUMÊNICO
Data: 01 de Dezembro de 2011 (Quinta-feira)
Horário: 19:30 hrs
Local: Sala do Júri, Módulo I – UESB

COLAÇÃO DE GRAU
Data: 02 de Dezembro de 2011 (Sexta-feira)
Horário: 19:00 hrs
Local: Teatro Glauber Rocha – UESB


                                                                         CONTAMOS COM SUA PRESENÇA!

                                                                










sábado, 26 de novembro de 2011

Acelera Dilma!



A recessão europeia está mais do que anunciada. Algumas grandes corporações afirmaram que até o final de 2011 irão cortar cerca de 30% de sua mão de obra. É mais do que visível a submissão dos governos europeus em relação ao capital financeiro.

Um primeiro ponto para a aceleração da economia brasileira seria revisar a política fiscal com o intuito de reduzir o superávit primário. Foto: Samuel Lorenzett
Como qualquer indivíduo ou sociedade, o Estado europeu, mesmo em crise, sempre está e estará em busca de riqueza. Entretanto, a atual concepção de riqueza da maioria e dos principais governos da Europa está centralizada na geração de dinheiro/moeda sem passar pelas agruras do processo produtivo, mas, é bom observar, que o ato de acumular riqueza só pode se sustentar, do ponto de vista macroeconômico, se for compensado por uma acumulação real da riqueza produtiva.
Neste sentido, a Europa ao invés de criar ajustes e mais ajustes monetários e, principalmente, fiscais, deveria preocupar-se, essencialmente, com a geração de emprego, aumentar o investimento, entendendo esse, como aumento da capacidade produtiva e aumento do gasto público com o objetivo de ampliar essas condições, devolvendo a confiança aos agentes econômicos.
Essa decisão é muito mais política do que necessariamente econômica. É importante salientar: os principais governos europeus estão muito mais alinhados com o capital financeiro do que com o capital produtivo, portanto, os ajustes são justificados e essenciais para uma parte do capital e, por sua vez, para uma pequenina parte da sociedade.
Nessa brevíssima e sintética conjuntura, por pressuposto, compreende-se que a renda agregada nos países europeus sofrerá uma desaceleração, com isso, necessariamente, há uma tendência de queda na renda dos países periféricos, como por exemplo, o Brasil.
Evidentemente, a economia brasileira está longe da recessão, o cenário não é catastrófico, entretanto, devido as medidas ditas macroprudenciais adotadas no final de 2010 e início de 2011 começaram a refletir na economia. A geração de emprego reduziu, a capacidade instalada e a produção industrial diminuíram pelo segundo mês consecutivo e o otimismo dos empresários para os próximos seis meses é menor, portanto, se quisermos crescer em torno de 4% e 5% em 2012 teremos que acelerar alguns pontos da política econômica brasileira.
Um primeiro ponto para a aceleração da economia brasileira seria revisar a política fiscal com o intuito de reduzir o superávit primário, haja vista, o tamanho da nossa dívida relativamente ao PIB não é um problema, especialmente quando olhamos países ricos muito mais fragilizados. Uma das nossas dificuldades é o perfil da dívida. Um esforço de alongamento dos títulos certamente nos ajudaria muito mais do que o tamanho da dívida, além do que, o superavit fiscal pode vir a perder importância na medida em que o país tenha um crescimento acima de 5%.
Paralelamente, intensificar as reduções da taxa de juro e, intensificar o programa Brasil Maior, organizando uma política industrial, ampliar o Brasil Sem Miséria, enfatizar e elevar os gastos em educação, principalmente no incentivo a pesquisa e tecnologia e propulsionar a autuação da Embrapi (Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial).
A Presidenta Dilma quando questionada a respeito da crise, sempre foi muito sensata ao afirmar que para combatê-la, é fundamental a geração e a manutenção de empregos induzindo e incentivando investimentos públicos e privados, ou seja, criação de riqueza real. Os caminhos para a economia brasileira estão traçados e pavimentados, ou seja, mesmo com a crise e recessão internacional iremos crescer em 2011 e 2012, entretanto, só falta acelerar, o que representa soberania e altivez política e econômica, tanto interna, como externamente. O Brasil está mudando e melhorando, alguns poucos ainda não perceberam, esses seguirão com muito choro e ranger de dentes.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

MPF investiga sumiço de verbas da Universidade de Rondônia


A Engenharia Elétrica não tem eletricidade. O professor Petrus de Luna reclama: “Exaustor não funciona, nada funciona. Por quê? A energia não funciona.” Aluno sem ânimo para continuar. “Minha sala começou com 45 alunos e um ano depois tinha 15”, conta a estudante Laysa Belice.

A pesquisa, sem um centavo para prosseguir. “O dinheiro sumiu da conta”, diz a professora Mariângela de Azevedo. O misterioso sumiço das verbas de dezenas de projetos da Universidade Federal de Rondônia provocou uma greve de professores que já dura dois meses, a ocupação da reitoria pelos estudantes e 14 ações civis e penais na Justiça estadual.

Para o ministério público de Rondônia, a Fundação Rio Madeira, a Riomar, criada para apoiar os projetos da universidade, virou uma organização criminosa que saqueou o dinheiro da instituição.

O promotor Pedro Abi-Eçab avisa: “A Universidade Federal de Rondônia é um ótimo exemplo de que as fundações só servem para desviar dinheiro, porque a universidade está caindo aos pedaços, está ao abandono”.

Ao todo, 46 obras intermediadas pela Fundação Riomar estão paradas ou atrasadas. “Essa obra paralisada dessa forma como está faz com que todos os projetos acadêmicos da universidade, aprovados em Brasília com dificuldade e que nos tornaram a melhor universidade do Norte, sejam paralisados”, lamenta o diretor do núcleo de Ciências Humanas, Júlio César Barreto Rocha.

Um laudo do Corpo de Bombeiros considera crítica a situação do prédio de madeira onde funciona um dos maiores acervos de peixes amazônicos do mundo. Um incêndio no local botaria a perder 15 anos de pesquisa.

“Nós temos cerca de 200 mil exemplares depositados em cerca de quatro mil litros de álcool. É uma situação de risco iminente”, alerta a curadora da coleção, Carolina Dória.

Nada disso aconteceria se o dinheiro do projeto não tivesse sido desviado. Carolina conta: “Foram desviados em torno de R$ 800 a R$ 1 milhão. Nós não sabemos como isso foi possível. Gostaríamos de saber para onde foi destinado esse recurso, mas o recurso já estava na conta da Fundação Riomar quando foi desviado”.

O mesmo aconteceu com o convênio assinado entre a reitoria, a Fundação Riomar e a Secretaria Nacional Antidrogas para um curso de formação. Foram mais R$ 300 mil que desapareceram. “E a reitoria fica num jogo de empurra: fala com um pró-reitor, fala com outro pró-reitor e a gente acabou desistindo, até chegar ao ponto de levar a situação para o Ministério Público Federal”, explica o professor Paulo Rogério Morais.

O Ministério Público Federal abriu outras 16 investigações, inclusive a que acompanha a implantação do hospital universitário, pronto desde 2008, mas fechado até hoje. Além do prédio, a universidade recebeu dinheiro para fazê-lo funcionar. “Chegou o recurso em 2010 e ele está parado na conta da universidade. São R$ 4,2 milhões e ela não consegue executar por uma questão de ingerência, por uma questão de gestão. Porque está vinculado à Riomar, uma ordem de serviço da universidade para a fundação, e ela está interditada judicialmente”, conta o professor Raitany Almeida.

Dinheiro que falta também para o laboratório de anatomia, que não renova os tanques de formol porque todos os frascos estão com a validade vencida. “Os tanques não estão tendo uma manutenção adequada. Então está tendo um vazamento de formol. As borrachas de vedação estão totalmente deterioradas há 10 anos. Vem o recurso e não se faz a manutenção”, continua Raitany.

Manutenção é algo que não existe nos depósitos de produtos químicos. Petrus aponta: “As goteiras existem há quase dois anos. O equipamento está todo danificado. Era uma estufa de circulação de ar forçado. Tem corrosão. Quando chove, toda a água vem para cima do ácido sulfúrico. Quer dizer, se pega um vidro aberto, uma gotinha de água pode explodir todo o sistema. Pega a sala, as laterais e o traseiro. Quer dizer, nós temos uma bomba, na realidade, dentro do laboratório”.

Em Guajará Mirim, a 300 quilômetros de Porto Velho, um hotel-escola construído há quase dez anos jamais funcionou. O curso de gestão em eco-turismo foi fechado por falta de alunos e o hotel-escola construído por causa de um curso que nem existe mais nunca foi entregue à universidade, embora a obra tenha custado mais de R$ 1 milhão em mais um convênio cuja execução financeira coube à Fundação Riomar.

O atual reitor, Januário Amaral, já foi presidente da Fundação Riomar. Segundo o Ministério Público, ele é um dos suspeitos de se beneficiar do esquema. “Quem geria a fundação, na maior parte das fraudes, eram pessoas que sequer tinham sido aprovadas no vestibular da universidade, mas que estão ligadas ao reitor. Ou são cabos eleitorais do reitor, ou são parentes ou amigos do reitor”, diz o promotor.

Uma das empresas que serviria de fachada para o desvio de dinheiro é a Tecsol. O contrato social permite que ela ofereça desde construção de prédios à locação de carros. A empresa recebeu mais de R$ 70 mil pelo aluguel de caminhonetes para a universidade. O promotor segue explicando: “Não existe comprovação nenhuma que essas caminhonetes existiram e foram usadas para esse serviço. O dinheiro foi pago pela universidade. Dentre os donos dessa empresa, a Tecsol, já estiveram sobrinhos do reitor e inclusive seu atual companheiro.”

O companheiro do reitor, professor Daniel Delani, chegou a ter 80% da Tecsol. Mas em seu depoimento, disse que não botou um centavo na empresa. O reitor afirma que nenhum contrato foi fechado com a universidade enquanto Delani esteve na Tecsol.

Perguntado por que Delani participou sendo o companheiro do reitor em uma empresa que presta serviço para a fundação, Janurário diz: “Eu não saberia te explicar, até porque ficou três meses na empresa e ele saiu e essa empresa não teve nenhum contrato no período em que ele esteve lá. Eu não saberia lhe informar porque nesse período não teve nenhum contrato. Ele saiu e montou outra empresa, inclusive”

O reitor foi absolvido na única ação de improbidade administrativa julgada até agora. “Eu sou gestor da Universidade Federal de Rondônia. A Fundação Riomar tem uma outra gestão. Eu sou responsável pelos projetos em que nós temos contrato com a fundação. Os projetos da fundação não são de minha responsabilidade”, defende-se o Januário.

Na reitoria ocupada pelos grevistas e bloqueada por barricadas, há pilhas e pilhas de projetos da Fundação Riomar. O porta-voz dos estudantes, com o rosto coberto para não ser identificado pela polícia, diz que os alunos estão ali para vigiar os documentos: “Isso é para garantir que a reitoria não maquie esses processos antes que se termine o processo de sindicância”.

Na quinta-feira (17), a comissão de sindicância do Ministério da Educação chegou a Rondônia. No mesmo dia, estudantes e professores receberam ameaças anônimas de morte, o que provocou a reação do arcebispo de Porto Velho, Dom Moacyr Grechi. Ele quer a Polícia Federal investigando a reitoria: “Agora, que entre a Federal para investigar os computadores, tudo o que é necessário. Investigação. Se forem inocentes, graças a Deus. Mas então vamos achar para onde é que foi o dinheiro”.

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1676789-15605,00-MPF+INVESTIGA+SUMICO+DE+VERBAS+DA+UNIVERSIDADE+DE+RONDONIA.html

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ministério das Cidades nega fraude em obras da Copa em Mato Grosso


Segundo nota da pasta, processo passou por 'discussões técnicas' e seguiu 'trâmites legais'


RASÍLIA - O Ministério das Cidades negou nesta quinta-feira, 24, através de nota, qualquer fraude em obras da Copa de 2014 e disse que não houve alteração no valor do financiamento para a construção de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no Mato Grosso. De acordo com o documento, todo o processo passou por "discussões técnicas de diversos ministérios" e "seguiu os trâmites legais".

Reportagem do Estado, porém, aponta que, com aval do ministro Mário Negromonte, foi aprovada uma mudança para respaldar tecnicamente um acordo político que vetava a troca de uma linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um VLT.
Abaixo, a íntegra da nota do Ministério das Cidades:
Mantendo nosso compromisso com a transparência e a prestação de contas, para esclarecimento da reportagem publicada na edição de hoje do Estado de São Paulo:
1 - O processo 80000.036719/2011-89 que trata da "apreciação dos estudos que fundamentaram a decisão do governo do Estado do Mato Grosso na implementação de sistema de Veículo Leve sobre Trilho para a Copa do Mundo FiFa 2014..." é composto por 153 páginas, das quais 132 delas se dedicam ao estudo técnico que fundamenta a viabilidade do VLT frente ao BRT;
2 - Dentro desse extenso processo consta também a Nota Técnica número 123/2011 com a análise e o parecer finais aprovados e assinados pela Gerente e pela Diretora do Departamento de Mobilidade Urbana da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, concordando com a defesa técnica do Estado e aprovando a mudança na matriz de responsabilidade apresentada pelo Governo de Estado;

Brasil é o segundo país em acesso a notícias on-line


A consultoria comScore afirma que o Brasil é o segundo país do mundo no acesso a páginas de notícias e informação, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados foram apresentados nesta quarta (23), durante o MediaOn, 5º Seminário Internacional de Jornalismo On-line. 


A consultoria apontou também que 99,2% dos internautas brasileiros com 15 anos ou mais acessam sites do gênero todos os meses.

Nos Estados Unidos, o alcance já é de 100%. O alcance dos brasileiros na categoria é superior ao da Suécia, terceira colocada no ranking, com 97,9%.

"O número do mercado brasileiro mostra a relevância que a categoria tem entre os usuários de internet que acessam a rede da casa ou do trabalho", diz Alex Banks, diretor da comScore para Brasil e América Latina.

A maioria dos internautas que acessa esses sites de notícia é composta por homens (50,6%), principalmente os que têm entre 35 e 45 anos.

Blogs noticiosos também têm grande participação entre os brasileiros e superam a relevância no mercado norte-americano. No Brasil a categoria chega a 97,4% dos internautas, ante 72,6% na Suécia e 70,8% nos Estados Unidos.

Para Rodrigo Flores, diretor de conteúdo do UOL --portal controlado do Grupo Folha, que edita a Folha-- a relevância dos blogs é positiva.

"Toda fonte de informação é complementar, não vejo como concorrência aos veículos tradicionais", disse.

O número de internautas totais no Brasil é de 85 milhões de pessoas, segundo a comScore.

Acesso móvel
O uso de tablets e smartphones para leitura de notícias e jornais no Brasil já chama atenção dos especialistas.

Ainda segundo números da comScore, 1% do tráfego de todas as páginas de internet visitadas no país em outubro --ou 1 bilhão em 100 bilhões visitadas-- veio de telefones móveis, smartphones ou tablets.

O volume parece pequeno, mas ilustra crescimento rápido da categoria, que representava 0,6% em maio.

No entanto, para a leitura de jornais, a participação desses equipamentos móveis é mais que o dobro: 2,4%.

"Ou seja, o uso dos tablets, smartphones ou equipamentos para a leitura de notícias está 2,4 vezes acima da média das demais categorias que compõem a internet no país", disse Banks.

Segundo Banks, o fenômeno também é visto em países como Estados Unidos - onde 10,9% do tráfego de notícias vêm desses terminais móveis - e na Inglaterra, com 12,4%.

"Os números do Brasil mostram que os internautas daqui estão gostando de consumir jornais em tablets e smartphones. O que chama a atenção é rápido crescimento do uso desses aparelhos, já que os tablets são uma categoria relativamente nova", disse Banks.



Fonte:http://www.vermelho.org.br/ac/noticia.php?id_secao=6&id_noticia=169329

Estudantes da USP bloqueiam toda a avenida Paulista

Aula aberta sobre democracia teve início por volta das 18h40, no vão do Masp




Os alunos da USP (Universidade de São Paulo) causavam bloqueio total na avenida Paulista, por volta das 18h50 desta quinta-feira (24), em frente ao vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo). O grupo de cerca de 1.500 pessoas aguardava o início da aula pública no local.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), havia 1,6 km de congestionamento no sentido Consolação, da praça Oswaldo cruz até a rua Otávio Mendes. Já no sentido Paraíso, a lentidão era de 0,8 km da rua da Consolação até a Peixoto Gomide.
Por volta das 18h40, grupos de teatro e sindicalistas deram início à aula. Os professores Soutor Maior, de Direito, e Sírio Teixeira, da Adusp (Associação de Docentes da USP), estão confirmados para a aula.

Segundo o major Marcelo Tignatari, comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar e responsável por supervisionar a manifestação dos estudantes da USP, o ato descumpriu o combinado e ocupou as quatro faixas da avenida Paulista.

- Era para eles deixarem pelo menos uma faixa livre para não atrapalhar o trânsito da cidade, mas eles não cumpriram. Deixamos que eles tomassem as quatro faixas para evitar conflitos.


Camila Lui, de 25 anos e estudante de ciências sociais, faz parte da comissão de segurança do protesto. Segundo ela, a ideia da manifestação era ocupar três faixas, mas os estudantes acabaram ocupando quatro.

- O plano é irmos até a praça dos Ciclistas e depois voltarmos para o vão do Masp, onde está programada uma aula pública sobre democracia, às 18h.

Na noite desta última quarta-feira (23), cerca de 3.000 alunos se reuniram para uma assembleia, que decidiu prosseguir com a greve, que começou no dia 8 de novembro.

O grupo é contra a presença da Polícia Militar no campus. Além do fim do convênio da reitoria com o governo do Estado, que permite a presença da PM no campus, os alunos querem a anistia dos 73 detidos na reintegração de posse da reitoria, ocorrida na semana passada.

Os estudantes detidos correm o risco de serem processados por depredação do patrimônio público e descumprimento de ordem judicial. 

Em meio a conflitos, Egito prepara eleições parlamentares

Manifestantes continuam a pedir que militares deixem o poder. Os protestos de agora são vistos como uma segunda fase decisiva da revolução de janeiro que levou à derrubada do presidente Hosni Mubarak. Eleições parlamentares estão confirmadas para a próxima semana, apesar de alguns pedidos de adiamento. "Estamos à deriva em um barco sem capitão e com todos lutando pelo leme", disse o Capitão Abdul Aziz dentro em uma delegacia de polícia destruída pelo fogo.

No coração simbólico da revolução, a Praça Tahrir, manifestantes entoavam os mesmos slogans usados 11 meses atrás, mas desta vez eles eram direcionados ao líder militar interino marechal Mohamed Hussei Tantawi. “Se a carruagem da democracia andar no Egito e este problema ainda estiver aqui, então a democracia terá falhado”, disse Ikramy Esayed. “A próxima segunda-feira é muito importante para o Egito, mas não porque [a votação] deva ocorrer, mas porque deveríamos reconhecer que este não é o momento.”

Um segundo homem, Nashad Bishara, concordou. “Não é apropriado que ocorram eleições agora,” ele disse. “Para aqueles que amam o Egito, primeiro é preciso que seja alcançada a estabilidade. A verdade é que o exército não quer que as eleições aconteçam.”

Hospitais de campo montados na praça estavam lotados de feridos depois que o batalhão de choque da polícia avançou em milhares de pessoas que estavam dentro da praça. Médicos disseram que parecia haver mais feridos nos últimos cinco dias do que em quase todo mês de Janeiro, quando milhares de pessoas ficaram feridas.

Os ferimentos são em grande parte causados pelo gás lançado pelos policiais, que negociaram uma breve trégua com os manifestantes antes da violência escalar novamente. O The Guardian viu duas mulheres convulsionando violentamente em uma clínica improvisada montada no quintal de uma igreja depois de terem inalado o gás. Médicos estão relatando um grande número de pacientes que reagiram de modo grave ao contato com o gás que está sendo jogado. “Nunca tinha visto uma reação assim,” disse um médico em um centro de triagem dentro da igreja em uma rua próxima à Praça Tahrir. “Estamos enviando muitas pessoas para o hospital. Não temos como cuidar delas aqui.”

Em um dos hospitais de campo um médico foi morto, de acordo com colegas e websites. Se acredita que o Dr Rania Fouad tenha morrido depois de ter inalado o gás.

Depois de terem oferecido na terça-feira fazer um referendo sobre a transição de poder para os civis e afirmado que o processo político estava encaminhado, os comandantes militares mantiveram silêncio na quarta-feira.

A insatisfação com o avanço lento das mudanças continuou a aumentar, junto com a suspeita de que as aparentes concessões de Tantawi são somente uma tentativa de ganhar tempo para evitar a transição de poder.

O Reino Unido condenou a violência no Egito, mas o Ministro das Relações Exteriores William Hague disse que reconhecia que Tantawi estava comprometido com a mudança. Hague pediu que o Egito garantisse eleições justas, confiáveis e transparentes, mas não pressionou para que isso ocorresse dentro de um prazo – uma mudança na posição do governo quando mais cedo este ano estava pressionando para que as eleições ocorressem em Setembro.

O número de protestos na Praça Tahrir continuou a aumentar desde sábado e até à noite de quarta-feira um mar de pessoas reproduziam as cenas vistas em Janeiro. “As pessoas estão exigindo o fim do Marechal,” disse um homem segurando uma faixa grande.

Longe da praça as ruas estavam tensas, com alguns residentes acusando os manifestantes de piorar a situação por demandar que as reformas aconteçam imediatamente.

“Estamos à deriva em um barco sem capitão e com todos lutando pelo leme,” disse o Capitão Abdul Aziz dentro em uma delegacia de polícia que tinha sido destruída pelo fogo, no oeste da cidade. “Está perigoso e imprevisível, as pessoas têm que tomar cuidado.”

Em uma sala ali perto estão guardados centenas de coletes que seriam entregues a monitores das eleições na segunda-feira. Poucos na delegacia achavam que os coletes seriam usados.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Diretor da FTC Explica Nota Baixa no Índice Geral de Cursos do MEC

Em publicação feita pelo MEC no Diário Oficial da União no último dia 17, na qual foram divulgadas as notas do Índice Geral de Cursos (IGC) que avalia a qualidade das instituições de ensino superior no país, duas instituições de Vitória da Conquista (FTC e Fainor) obtiveram nota 2, considerada insatisfatória.
A reportagem do Site da Cidade procurou ambas as instituições para se pronunciarem a respeito do desempenho das mesmas, mas conseguimos conversar apenas com o diretor da FTC de Vitória da Conquista, Sr. Sérgio Magalhães. Segundo a Assessoria de Comunicação da Fainor, os diretores da instituição estão viajando e seriam apenas eles as pessoas autorizadas a falar sobre o assunto.
De acordo ao diretor da FTC, o desempenho da faculdade tem sido o mesmo nos últimos quatro anos (nota 2) e responsabiliza a nota ruim da instituição ao resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

Sérgio Magalhães. Foto: Zé Silva
“O que eu denoto é que nós estamos nas mãos dos alunos. Conversamos com alguns alunos que estão formando, e eles relatam que mais de oito colegas, pegaram a prova, assinaram o nome e entregaram. Não se pode entender num curso como Educação Física os alunos que estão entrando, terem uma nota superior aos que estão saindo. Eu acredito que o aluno ainda não se sente responsável por esse processo, não se sente inserido, e ele pouco se importa com o resultado do Enade, e isso acaba contribuindo para diminuir o conceito e até mesmo o valor e a expectativa que as pessoas têm da faculdade”, coloca o diretor da FTC de Vitória da Conquista, Sérgio Magalhães.
Ainda segundo o diretor, as notas da instituição nos quesitos de infraestrutura e corpo docente foram satisfatórias. Ressalta ainda que a expectativa de todo o corpo de profissionais era de que, neste ano, a FTC subisse para a nota 3 no ranking, já que por dois anos consecutivos vinha apresentando notas um pouco mais elevadas em vários dos quesitos de avaliação.
O que são o Enade e o IGC
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. O exame é obrigatório para os alunos selecionados e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. A primeira aplicação ocorreu em 2004 e a periodicidade máxima com que cada área do conhecimento é avaliada é trienal.
O Índice Geral de Cursos (IGC) é uma forma de medir o desempenho das instituições de ensino superior do país. O instrumento é construído com base numa média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. Assim, sintetiza num único indicador a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado da mesma instituição de ensino. O IGC é divulgado anualmente pelo Inep/MEC, imediatamente após a divulgação dos resultados do Enade.

Fonte.  http://www.vitoriadaconquista.com.br/2011/11/21/diretor-da-ftc-explica-nota-baixa-no-indice-geral-de-cursos-do-mec/

MEC cortará 50 mil vagas de saúde, administração e contabilidade

Graduações com conceitos insatisfatórios em avaliação do governo sofrerão redução de vagas

iG São Paulo | 17/11/2011 18:20

Até o fim do ano, o Ministério da Educação irá cortar 50 mil vagas de cursos nas áreas de saúde, administração e ciências contábeis, que tiveram resultados insatisfatórios em avaliações aplicadas pela pasta em 2010. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, dia 17, pelo secretário de Regulação e Supervisão do Ensino Superior, Luis Fernando Massonetto, durante a divulgação dos resultados Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

O ministério ainda não informou quais instituições serão afetadas com a redução das vagas. As informações serão divulgadas nas próximas semanas. Os cortes incluirão cursos que tiveram resultados insatisfatórios no Conceito Preliminar de Curso (CPC), índice que avalia graduações levando em conta a nota do Enade e outras características como corpo docente, instalações físicas e à organização didático-pedagógica. Numa escala de 1 a 5, são classificados como abaixo da média os cursos com conceitos 1 e 2. O corte de vagas se dará entre 20% e 65% da oferta de cada graduação, dependendo do resultado das avaliações.

Leia também: Somente 1,5% das faculdades têm nota máxima no Enade
O secretário também informou que, pelo menos oito centros universitários perderão a autonomia para abrir cursos ou ampliar o número de vagas por terem obtido em pelo menos dois anos do último ciclo avaliativo (2008-2010) conceitos 1 e 2, considerados insatisfatórios, no Índice Geral de Cursos (IGC), resultado da média ponderada do conceito de cada curso de graduação da instituição.

Já as faculdades com baixo desempenho no mesmo indicador e que não têm autonomia administrativa para ampliar ou criar cursos deverão passar por um processo de supervisão que incluirá a adoção de medidas de saneamento, como corte de vagas e suspensão de novos ingressos.

Os processos anteriores de supervisão do MEC tinham se concentrado nos cursos de medicina, pedagogia e direito. Ao todo, mais de 34 mil vagas foram cortadas nessas áreas desde 2006.

Fonte http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/mec-cortara-50-mil-vagas-de-saude-administracao-e-contabilidade/n1597372707033.html

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Máxima indignación en Harvard: Los alumnos de la cátedra de Introducción a la Economía de la Universidad Harvard exigen nuevas perspectivas académicas.


Posted on 18 noviembre 2011
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Un un hecho insólito, digno de ser incluido en la saga de “Aunque usted no lo crea”de Ripley, el pasado 02.11.2011, un grupo de estudiantes de economía tomó la decisión de retirarse en bloque de la cátedra de Introducción a la Economía de la Universidad Harvard, en protesta por el contenido y el enfoque desde el cual se imparte esta materia.
¿Qué hay de asombroso en este hecho?. En primera lugar, la protesta tuvo como destinatario directo al conocido economista Gregory Mankiw, ex asesor del Presidente George W. Bush y autor de uno de los manuales de macroeconomía más utilizado en las escuelas de economía dentro y fuera de Estados unidos. En segundo lugar, porque de acuerdo a la carta entregada por los/as estudiantes antes de retirarse de la cátedra, el motivo de la protesta fue su indignación por lo que consideran el vacío intelectual y la corrupción moral y económica de gran parte del mundo académico, cómplices por acción u omisión en la actual crisis económica. Y en tercer lugar, se trata de un hecho insólito, porque los integrantes del movimiento estudiantil detrás de este hecho de indignación académica en contra del pensamiento único neoclásico, pertenecen a la élite económica, social y política de los Estados Unidos, que se forma en la Universidad de Harvard para dirigir las corporaciones empresariales globales y/o para asesorar a los gobiernos en materia de políticas económicas y financieras.
En diversos párrafos de la carta al profesor Mankiw se lee: “hoy estamos abandonando su clase, con el fin de expresar nuestro descontento con el sesgo inherente a este curso. Estamos profundamente preocupados por la forma en que este sesgo afecta a los estudiantes, a la Universidad, y nuestra sociedad en general (…) Un estudio académico legítimo de la economía debe incluir una discusión crítica de las ventajas y los defectos de los diferentes modelos económicos. A medida que su clase no incluye las fuentes primarias y rara vez se cuenta con artículos de revistas académicas, tenemos muy poco acceso a aproximaciones económicas alternativas. No hay ninguna justificación para la presentación de las teorías económicas de Adam Smith como algo más fundamental o básico que, por ejemplo, la teoría keynesiana ..(…) ..Los graduados de Harvard juegan un papel importante en las instituciones financieras y en la conformación de las políticas públicas en todo el mundo. Si falla la Universidad de Harvard a la hora de equipar a sus estudiantes con una comprensión amplia y crítica de la economía, sus acciones serán susceptibles de perjudicar el sistema financiero mundial. Los últimos cinco años de crisis económica han sido prueba suficiente de ello”. La carta concluye: “No estamos retirando de su clase este día, tanto para protestar por la falta de discusión de la teoría económica básica y como para dar nuestro apoyo a un movimiento que está cambiando el discurso estadounidense sobre la injusticia económica (Occupy wall street) . Profesor Mankiw, le pedimos que se tome nuestras inquietudes y nuestro retiro de su clase en serio”.
Según reportan los escasos medios de comunicación que le dieron cobertura a esta protesta, el movimiento de los estudiantes de Harvard a favor de una economía crítica, se ha ampliado y ha incorporado otras demandas para hacer de Harvard una “universidad socialmente responsable”. Una de éstas consiste en la negociación de contratos de trabajo más dignos para el personal de servicios de la universidad que sufre las políticas de flexibilización laboral que tanto daño le han ocasionado a la clase trabajadora norteamericana. Movimientos similares han comenzado a surgir en la Universidad de Duke (Carolina del Norte) y en la Universidad de Berkeley (California)
El movimiento iniciado en Harvard por un cambio en el enfoque dominante de la enseñanza de la economía no es nuevo. Más bien es un movimiento que viene a sumarse a la iniciativa por un cambio en la enseñanza de esta disciplina que iniciaron en mayo de 2000 los y las estudiantes de las universidades francesas y que meses después recibió el apoyo de estudiantes de Cambridge, Inglaterra.
En ese entonces, también el movimiento estudiantil francés hizo pública una carta declarándose globalmente descontento por la enseñanza recibida, que les impedía lograr una comprensión profunda de los fenómenos económicos a los cuales las personas se enfrentan en el mundo real. Un pasaje de esta carta señalaba que “ la mayor parte de nosotros ha escogido la formación económica con el fin de adquirir una comprensión profunda de los fenómenos económicos a los cuales el ciudadano de hoy en día se encuentra confrontado. Ahora bien, la enseñanza tal como es expuesta –es decir en la mayor parte de los casos la teoría neoclásica o enfoques derivados –, generalmente no responde a esta expectativa”. La carta finalizaba con un exhortación al profesorado francés similar al mensaje enviado al profesor Mankiw: ¡Despiértense antes de que sea demasiado tarde!.
Hace casi 200 años, John Stuart Mill al asumir como Rector de la Universidad de Saint Andrew, recordaba al claustro de profesores de dicha universidad, que la función de las universidades no es hacer que los estudiantes aprendan a repetir lo que se les enseña como verdadero sino que su función es formar personas con capacidad de pensar por si mismas. De acuerdo a este gran economista y filosofo, las universidades deben enseñarles a las personas a “Poner en duda las cosas; no aceptar doctrinas, propias o ajenas, sin el riguroso escrutinio de la crítica negativa, sin dejar pasar inadvertidas falacias, incoherencias o confusiones; sobre todo, insistir en tener claro el significado de una palabra antes de usarla y el significado de una proposición antes de afirmarla……. El objetivo de la universidad no es enseñar el conocimiento requerido para que los estudiantes puedan ganarse el sustento de una manera particular. Su objetivo no es formar abogados ó médicos ó ingenieros (ó economistas) hábiles, sino seres humanos capaces y sensatos……. Los estudiantes son seres humanos antes de ser abogados, médicos, comerciantes o industriales; y sí se les forma como seres humanos capaces y sensatos, serán por sí mismos médicos y abogados (y economistas) capaces y sensatos”.
Es obvio que la incapacidad de las universidades actuales de formar economistas críticos y sensatos no responde únicamente a posturas personales e ideológicas de docentes y/o autoridades universitarias, sino más bien responde a factores relacionados con el rol que las universidades cumplen en la reproducción de las relaciones de poder dentro del sistema capitalista en su fase neoliberal. Probablemente uno de los principales factores explicativos de la crisis en la enseñanza de una economía crítica e integral, es la pérdida de la identidad e independencia de las universidades debido a que han sido capturadas por los intereses de las corporaciones y/o por la demanda del mercado. Se les ha presionado directa (o indirectamente) a convertirse en empresas educativas con la misión de formar a los dos tipos básicos de economistas que demanda el mercado en la fase actual del capitalismo: economistas especialistas altamente calificados/as y economistas generalistas poco calificados/as para apoyar a especialistas o para desempeñarse en funciones gerenciales. Esto a su vez ha conducido a una especie de fragmentación del conocimiento y a la ausencia de pensamiento crítico. ¿El resultado final? Economistas formados para adaptarse y/o colaborar con el status quo que mantiene a la mayor parte de la humanidad en la exclusión y la pobreza.
El mensaje que desde Harvard envían los y las estudiantes de economía, no debería pasar desapercibido por las escuelas de economía del mundo entero, en particular por las escuelas de economía de los países del sur. Es tiempo de rectificar el rumbo (si se ha perdido en algún momento). Es tiempo de separar la verdadera función universitaria de la función de formación técnica superior, y sobre todo, es tiempo de devolverle a la enseñanza de la economía el carácter crítico, riguroso e integral que tanta falta hace en los momentos actuales de crisis sistémica que ha provocado el sistema capitalista.
Si no actuamos ahora, con hechos y no con meros discursos, las escuelas de economía (y quienes trabajamos en ellas) estamos en riesgo de correr – más tarde o más temprano- con la misma suerte del desafortunado profesor Mankiw.
StarViewerTeam International 2011
Ha publicado este artículo con el permiso de la autora mediante una licencia de Creative Commons, respetando su libertad para publicarlo en otras fuentes.
Autora:

domingo, 20 de novembro de 2011

A população negra brasileira

O dia da Consciência Negra, 20 de novembro, é uma data importante para lembrar a resistência de negros (as) à escravidão e, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre a inserção do (a) negro (a) na sociedade brasileira.
 
Para compreender e refletir como está a população negra brasileira, recentemente, o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) publicou uma pesquisa intitulada A Dinâmica Demográfica da População Negra Brasileira em que analisa, com base nos dados do Censo demográfico de 2010, descrevendo a trajetória da população negra e suas componentes (fecundidade e mortalidade) comparada à branca e aponta algumas implicações para a demanda por políticas públicas. Vamos as principais constatações do estudo:
Primeiro; população branca era maior que a negra entre 1980 e 2000. Em 2010, esta situação se inverteu (97 milhões de pessoas se declaram negras e 91 milhões de pessoas se declararam brancas). Isso pode ser decorrente da fecundidade mais elevada encontrada entre as mulheres negras, mas, também, de um possível aumento de pessoas que se declararam pardas no censo de 2010. Como resultado, a taxa de crescimento da população negra entre 2000 e 2010 foi de 2,5% ao ano e a da branca aproximou-se de zero.
Segundo; o aumento da proporção de domicílios chefiados por mulheres guarda estreita relação com o aumento da participação feminina no mercado de trabalho. Houve um aumento na participação tanto das mulheres negras quanto das brancas, mais expressivo para as últimas. Estes fatores provocaram algumas mudanças nas características dos domicílios brasileiros, alterando as relações tradicionais de gênero: mulher cuidadora e homem provedor. Um dos indicadores dessas transformações é dado pelo aumento da contribuição das mulheres para a renda das suas famílias, o que ocorreu nos dois grupos populacionais. Entre as brancas, essa passou de 32,3% para 36,1%, e, entre as negras, o aumento foi de 24,3% para 28,5%.
Terceiro; em uma comparação sobre o padrão de mortalidade por idade e causas dos dois grupos populacionais (brancos e negros), com base em informações do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde e as coletadas pelos censos demográficos. Observou-se que, entre os homens, a segunda causa mais importante de óbitos na população negra foram as externas e na branca, as neoplasias. Já a terceira causa entre os negros foram as neoplasias e entre os brancos, as externas. Dentre as externas, as agressões (homicídios) foram, em 2001, as principais causas de morte tanto na população negra quanto na branca. Em 2007, apenas entre os negros os homicídios predominaram. Um detalhe importante; esse tipo de óbito entre os negros é mais frequente entre 15 e 29 anos e é responsável por, aproximadamente, 50% do total de óbitos entre a população negra masculina.
Analisando o estudo do IPEA, pode-se observar que há o início de um processo de mudança em como as pessoas se veem. Passam a ter menos vergonha de dizer que são negras; passam a não precisar se branquear para se legitimarem socialmente. Essa mudança é um processo surpreendentemente linear, surpreendentemente claro e, ao que tudo indica, ainda não terminou.
Na medida em que o debate da identificação racial ganha as páginas dos jornais e a sociedade vê que é um tema legítimo; na medida em que negros são apresentados nas telenovelas como personagens poderosos e não apenas empregados domésticos; na medida em que negros são vistos, como por exemplo, compondo o Supremo Tribunal Federal e ocupando os mais diversos cargos na política; na medida em que o Movimento Negro sai da marginalidade e ocupa espaços no debate político, a identidade negra sai fortalecida, não é que o Brasil esteja tornando-se uma nação de negros, mas, está se assumindo como tal.
Entretanto, a mobilidade social do(a) negro(a), ou seja, sua ascensão relativa ao conjunto da sociedade, mantém-se em patamares residuais. Não houve alteração do quadro de oportunidades no mercado de trabalho, principal fonte de renda e de mobilidade social ascendente. A conclusão que se impõe é que, a despeito dos avanços registrados, a situação da população negra no país continua bastante vulnerável. O que contribui de forma significativa a melhora da população negra brasileira é o avanço da ação do Estado em termos das políticas distributivas de cunho universal atuando no sentido de combater a pobreza e a desigualdade de renda.
Tal quadro vem reforçar a necessidade de implementação de políticas dirigidas para a população negra. Políticas que, em curto espaço de tempo, possam garantir uma maior eqüidade de oportunidade e de padrão de vida.

fonte: http://www.cartacapital.com.br/economia/a-populacao-negra-brasileira/