quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Estudantes da USP bloqueiam toda a avenida Paulista

Aula aberta sobre democracia teve início por volta das 18h40, no vão do Masp




Os alunos da USP (Universidade de São Paulo) causavam bloqueio total na avenida Paulista, por volta das 18h50 desta quinta-feira (24), em frente ao vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo). O grupo de cerca de 1.500 pessoas aguardava o início da aula pública no local.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), havia 1,6 km de congestionamento no sentido Consolação, da praça Oswaldo cruz até a rua Otávio Mendes. Já no sentido Paraíso, a lentidão era de 0,8 km da rua da Consolação até a Peixoto Gomide.
Por volta das 18h40, grupos de teatro e sindicalistas deram início à aula. Os professores Soutor Maior, de Direito, e Sírio Teixeira, da Adusp (Associação de Docentes da USP), estão confirmados para a aula.

Segundo o major Marcelo Tignatari, comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar e responsável por supervisionar a manifestação dos estudantes da USP, o ato descumpriu o combinado e ocupou as quatro faixas da avenida Paulista.

- Era para eles deixarem pelo menos uma faixa livre para não atrapalhar o trânsito da cidade, mas eles não cumpriram. Deixamos que eles tomassem as quatro faixas para evitar conflitos.


Camila Lui, de 25 anos e estudante de ciências sociais, faz parte da comissão de segurança do protesto. Segundo ela, a ideia da manifestação era ocupar três faixas, mas os estudantes acabaram ocupando quatro.

- O plano é irmos até a praça dos Ciclistas e depois voltarmos para o vão do Masp, onde está programada uma aula pública sobre democracia, às 18h.

Na noite desta última quarta-feira (23), cerca de 3.000 alunos se reuniram para uma assembleia, que decidiu prosseguir com a greve, que começou no dia 8 de novembro.

O grupo é contra a presença da Polícia Militar no campus. Além do fim do convênio da reitoria com o governo do Estado, que permite a presença da PM no campus, os alunos querem a anistia dos 73 detidos na reintegração de posse da reitoria, ocorrida na semana passada.

Os estudantes detidos correm o risco de serem processados por depredação do patrimônio público e descumprimento de ordem judicial. 

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