segunda-feira, 16 de julho de 2012

FMI reduz projeção de alta do PIB do Brasil de 3,1% para 2,5% em 2012

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu para baixo, de 3,1% para 2,5%, sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano. Mas o organismo aposta numa recuperação relativamente forte no fim deste ano e numa expansão relativamente boa, de 4,6%, no Produto Interno Bruto (PIB) em 2013.
Para o FMI, a economia brasileira estará crescendo num ritmo de 4% no último trimestre deste ano, comparado com o mesmo período do ano anterior, de acordo com relatório divulgado nesta manhã que revisa o Panorama Econômico Mundial. A edição anterior do documento é de abril.
O crescimento esperado pelo FMI para 2013, de 4,6%, é 0,5 ponto maior do que o estimado em abril. Em boa parte, isso se deve ao fator estatístico causado por um PIB mais fraco no começo de 2012 e provavelmente mais forte no fim deste ano. O FMI projeta que a economia estará crescendo a uma velocidade de 4% no último trimestre de 2013, comparado ao mesmo período de 2012.
Num outro documento divulgado esta manhã, o Relatório de Estabilidade Financeira Global, o FMI alerta sobre os limites para o uso de políticas creditícias como instrumento para estimular a economia.
“Grandes economias, como Brasil, China e Índia, beneficiaram-se do forte crescimento de crédito nos últimos anos, e estão nos estágios finais do ciclo de crédito”, afirma o documento. “Expandir o crédito significamente na conjuntura atual poderia alimentar as preocupações sobre a qualidades dos ativos e potencialmente minar o crescimento do PIB e a estabilidade financeira nos anos por vir.”
Um terceiro relatório atualizado nesta manhã, o Monitor Fiscal, revisa para melhor as projeções do FMI para o déficit nominal do setor público e evolução da dívida pública no Brasil.
A projeção é de um déficit nominal de 1,5% do PIB, abaixo dos 2,1% do PIB antes estimados. Para 2013, a projeção de déficit foi revista de 2,3% do PIB para 2% do PIB.
Já a dívida bruta do governo geral é estimada em 64,2% do PIB em 2012 e em 61,7% do PIB em 2013, respectivamente 0,9 ponto percentual menor e 1,4 ponto percentual menor do que o estimado em abril.
Segundo o FMI, a redução recente da taxa básica de juros deverá diminuir em cerca de 0,5 ponto percentual os encargos do governo com a dívida pública.
Com relação à economia global, o Fundo reviu ligeiramente para baixo, de 3,6% para 3,5%, suas projeções para o crescimento neste ano, em virtude das recentes turbulências na Europa e o desempenho abaixo do esperado em vários países emergentes.

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