quarta-feira, 20 de março de 2013

Estudante tira nota 560 em redação do Enem com receita de miojo


O tema da redação desta edição do exame era "Movimento imigratório para o Brasil no século 21". A nota máxima é 1000

Um estudante escreveu uma receita de miojo em sua redação da última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e ainda recebeu a nota 560 de um total de 1000 pontos.  O tema da redação desta edição do exame era "Movimento imigratório para o Brasil no século 21", sobre o qual o aluno escreveu até o segundo parágrafo, quando fez mais um parágrafo descrevendo como preparar o macarrão instantâneo. As informações são do 'O Globo'.

“Para não ficar muito cansativo, vou agora ensinar a fazer um belo miojo, ferva trezentos ml’s de água em uma panela, quando estiver fervendo, coloque o miojo, espere cozinhar por três minutos, retire o miojo do fogão, misture bem e sirva”, escreveu o aluno no terceiro parágrafo do texto, continuando a tratar do tema proposto pelo exame nos parágrafos seguintes.

Em entrevista ao 'O Globo', o aluno Carlos Guilherme Custódio Ferreira, que escreveu esta redação, contou que fez a prova "por teste" e resolveu colocar a receita para ver se haveria, de fato, uma avaliação diferenciada, uma vez que falaram que a correção seria mais rigorosa. O estudante tem 19 anos e relatou que quando fez o Enem já estava na faculdade e gostando muito do curso. 

Carlos disse, segundo a publicação, que não queria debochar dos corretores e o intuito era testar a eficiência da correção do Enem. "Fiquei surpreso quando vi o resultado. No caso, era para eu zerar, porque fugi do tema. Confirmei o que desconfiava, que não corrigiam todas as redações direito, já que são muitas", disse o estudante ao "O Globo". 

O Ministério da Educação (MEC) informou, em nota enviada ao "O Globo", que os corretores detectaram a presença da receita no texto, o que foi considerada "inoportuna e inadequada, provocando forte penalização especialmente nas competências 3 e 4". Além disso, de acordo com a publicação, o MEC afirmou entender que o estudante não fugiu do tema e não teve a intenção de anular a redação, porque não utilizou palavras ofensivas e não feriu os direitos humanos.

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