sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Trabalho precário e diferenças regionais ‘impedem’ pleno emprego no Brasil
São Paulo – Trabalho precário e diferenças regionais impedem que o Brasil possa ser considerado um país com pleno emprego, apesar do considerável recuo das taxas de desocupação nos últimos anos.
A conclusão é de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), conduzido pelos pesquisadores Maria Andreia Parente Lameira, do próprio Ipea, e Fernando Augusto de Mattos, da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Conforme dados do IBGE, a taxa média de desemprego anual em 2011 ficou em 6%, ante 6,7% em 2010 – o nível mais baixo da série histórica.
Esse índice levou analistas a apontarem o país como próximo ao pleno emprego, que se define como um estado de utilização máxima dos fatores de produção, capital e trabalho, em uma situação de equilíbrio entre a oferta e a demanda.
“A partir de uma análise dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), é possível demonstrar a fragilidade do argumento do pleno emprego a partir de uma taxa de desemprego nacional”, afirmam os pesquisadores.
Ainda que se possa considerar que haja essa situação em determinadas regiões ou setores produtivos, constatou-se, a partir das estatísticas laborais, grandes diferenças em termos de geração de postos de trabalho pelo país.
Desde 2008, por exemplo, em todos os trimestres estudados – exceto o último de 2008 – a região Sul fechou vagas. Nesse caso, o dado nacional ficou no campo positivo porque a enorme geração de postos com carteira assinada no Sudeste serviu de compensação.
Os pesquisadores ainda destacam os casos de Salvador e Recife, capitais nordestinas onde o Dieese realiza pesquisas sobre a desocupação. Em ambos os casos, o instituto ligado aos sindicatos aponta a existência de altos níveis do chamado desemprego oculto, não computado pelo índice do IBGE.
Essa modalidade de desocupação é registrada tanto quando o trabalhador vive apenas de “bicos” – o chamado desemprego oculto pelo trabalho precário – como quando há desistência da procura por uma vaga diante das dificuldades em encontrá-la – o desemprego por desalento.
Na região metropolitana de Salvador, por exemplo, a taxa de desemprego aberto – modalidade medida pelo IBGE – alcança 10,3%, mas, considerando-se a desocupação oculta, a taxa de desemprego total salta para 15,3%.
Da mesma forma, na região metropolitana de Recife, o desemprego aberto é de 8,7% e o total chega a 13,8%. “Ao analisar o mercado de trabalho brasileiro levando em consideração a taxa de desemprego total, em vez da aberta, o cenário fica menos favorável a uma afirmação da tese do pleno emprego”, dizem.
Para piorar, o estudo do Ipea destaca que a qualidade das vagas geradas no país tem sido de baixa remuneração, de até dois salários mínimos, em especial nos setores de serviços e construção civil. E pleno emprego, afinal de contas, também pressupõe um equilíbrio no mercado de trabalho em patamares positivos para o trabalhador.
“É preciso avançar nas informações estatísticas para confirmar ou não a hipótese de que atualmente há, no Brasil, uma situação de pleno emprego, bem como investigar a evolução da produtividade do trabalho em certos setores e comparar com os ganhos salariais reais”, propõe os pesquisadores.
Clique aqui para ler o estudo na íntegra.
Fonte: www.cartamaior.com.br
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Focus: estimativa de crescimento permanece em 3,3% para 2012
A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 36,95% para 36,9%, este ano, e de 35,8% para 35,5%, em 2013.
A expectativa para a cotação do dólar ao final do ano segue em R$ 1,75 tanto para este ano quanto para 2013.
A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) passou de US$ 19,5 bilhões para US$ 19,1 bilhões, em 2012, e de US$ 14,5 bilhões para US$ 14 bilhões, no próximo ano.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), as estimativas passaram de US$ 67,95 bilhões para US$ 68 bilhões, este ano, e permanece em US$ 70 bilhões, em 2013.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 55 bilhões, tanto para 2012 quanto para o próximo ano.
Mercado mantém projeções para inflação oficial e Selic para este ano
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central mantiveram a estimativa de inflação para ano e 2013. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 5,29%, este ano, e em 5%, em 2013. As projeções estão acima do centro da meta de inflação – 4,5% –, mas dentro do limite superior de 6,5%.
Para a taxa básica de juros, a Selic, usada pelo Banco Central (BC) como instrumento para controlar a inflação, a previsão para 2012 continua em 9,5% ao ano, há nove semanas. Para 2013, passou de 10,75% para 10,5% ao ano.
Outra estimativa dos analistas é para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que permanece em 5,21%, este ano, e foi ajustada de 4,8% para 4,83%, em 2013.
A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 4,98% para 4,86%, este ano, e de 4,9% para 4,97%, em 2013. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a projeção foi alterada de 4,91% para 4,78% em 2012 e de 4,95% para 5%, no próximo ano.
A estimativa dos analistas para os preços administrados foi mantida em 4%, este ano, e em 4,5%, em 2013.
Fonte http://www.cartacapital.com.br/economia/focus-estimativa-de-crescimento-permanece-em-33-para-2012/
Inflação acelera em janeiro, mas é menor que em 2011: 0,56%
Aumento das passagens de ônibus foi o principal destaque negativo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Taxa em doze meses começa a ceder e recua para 6,22%, depois de fechar 2011 em cima do limite máximo da meta do governo (6,5%).
Brasília – A inflação oficial brasileira teve ligeira alta na passagem de dezembro para janeiro e fechou o primeiro mês de 2012 em 0,56%. Em relação ao mesmo mês do ano passado, porém, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi menor (tinha sido de 0,83% em 2011).
As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou o aumento do preço das passagens de ônibus como o principal destaque negativo (subiu mais) no IPCA.
O preço dos alimentos, que são o tipo de produto com mais impacto na inflação, variou (0,83%) menos do que em dezembro (1,23%), enquanto com os artigos não alimentícios aconteceu o contrário (0,47% e 0,28%, respectivamente).
Dentro deste grupo não alimentício, as passagens de ônibus deram a maior contribuição individual para a alta do IPCA. Sobretudo, segundo o IBGE, por causa de reajustes no Rio, em Belo Horizonte e no Recife.
A meta de inflação do país é de 4,5%, podendo, pelas regras autoimpostas pelo governo, chegar até 6,5%, como aconteceu em 2011. Para que a meta central, de 4,5%, seja atingida, o IPCA mensal deve, na média, se situar entre 0,35% e 0,40%.
A última previsão oficial feita pelo Banco Central (BC) aponta para uma variação entre 4,5% e 5% em 2012. Já o “mercado” está mais pessimista. Palpita que a inflação fechará entre 5% e 5,5%.
Nos últimos doze meses encerrados em janeiro, a taxa está em 6,22%.
Fonte www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19593
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