quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Conjuntura econômica segue reduzindo ritmo do comércio, diz IBGE


RIO  -  
A conjuntura econômica desfavorável está reduzindo o ritmo de crescimento do comércio, afirmou o gerente da coordenação de serviços e comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Reinaldo Pereira. 

EBC
O comércio varejista subiu 0,5% em setembro, na comparação com agosto, na série dessazonalizada. Em relação a setembro do ano passado, o crescimento foi de 4,1%. Na comparação interanual, considerando-se apenas meses de setembro, o resultado é o mais baixo desde 2003. Naquele ano, o comércioteve queda de 2,8% em setembro frente a igual mês de 2002. 
“Não estamos crescendo como em anos anteriores. A conjuntura não está tão favorável, como em 2010. Os números ainda são positivos, mas não no patamar que esperávamos. O comércio é reflexo do comportamento da economia. A indústria vai mal. Os setores de agricultura e de serviços, no qual o comércio está inserido, vêm segurando a economia”, diz Pereira. 
De acordo com ele, o momento econômico também ajuda a explicar o desempenho das vendas de veículos e motos, partes e peças, que caíram 5,1% em setembro ante agosto, na série livre de influencias sazonais. Na séire dessazonalizada, foi o pior resultado desse segmento desde setembro do ano passado, mês seguinte à prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). 
“O efeito do IPI também já não é mais o mesmo. Os dados da venda de veículos foram negativos em setembro, mas isso não quer dizer que o desempenho não se inverta nos próximos meses”, afirmou. 
Já as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, é a inflação o fator de influência para o comportamento do setor, segundo Aleciana Gusmão, pesquisadora do IBGE. “O crescimento das vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo não é tão grande assim devido à inflação dos alimentos”, observa. 
As vendas do segmento subiram 0,6% entre agosto e setembro. Apesar de ser o terceiro mês consecutivo de alta, o ritmo de avanço vem desacelerando.
Em informática, o câmbio foi apontado para explicar o desempenho de vendas. Esse setor depende da importação de componentes, lembra Aleciana. 


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