São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram responsáveis, sozinhos,
por 53,1% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2011. Os dados
foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), e são os mais recentes disponíveis.
O Estado com a maior economia do país é São Paulo (32,6%), seguido por
Rio de Janeiro (11,2%) e Minas Gerais (9,3%). Em seguida, aparecem Rio
Grande do Sul (6,4%) e Paraná (5,8%).
SP perde participação; Rio aumenta
A região Sudeste manteve-se no mesmo patamar de 2010, ao responder por
55,4% de participação no PIB brasileiro em 2011, mas houve uma mudança
de peso entre os Estados.
São Paulo passou de 33,1% do PIB nacional em 2010 para 32,6% em 2011.
Isso ocorreu porque a indústria de transformação brasileira atingiu, em
2011, sua menor participação na série (14,6% contra 16,2% em 2010). Com
isso, o Estado teve perda de representatividade da indústria de
transformação de 42% para 41,8%.
Já o Rio de Janeiro respondeu por 11,2% do PIB em 2011, um ganho de 0,4
ponto percentual em relação a 2010, resultado influenciado pela
elevação do preço médio do petróleo. Com isso, houve aumento da
participação de 35,3% para 39,8% da atividade da indústria extrativa
fluminense.
Minas Gerais permaneceu com a mesma participação de 2010 (9,3%), uma
vez que a indústria extrativa, que tem no minério de ferro seu principal
produto, perdeu participação relativa no Brasil em função do ganho de
representatividade dos Estados produtores de petróleo.
Sul e Nordeste perdem espaço; Norte e Centro-Oeste avançam
A região Sul, com participação de 16,2% no PIB, teve sua representação
reduzida em 0,3 ponto percentual entre 2010 e 2011. O Rio Grande do Sul
passou de 6,7% em 2010 para 6,4% em 2011. Santa Catarina ganhou 0,1
ponto percentual, ficando com 4,1%, e Paraná manteve o mesmo patamar de
2010: 5,8%.
A região Norte, com 5,4% do PIB em 2011, avançou 0,1 ponto percentual
de participação entre 2010 e 2011. O ganho de participação da região
ficou por conta do avanço de Rondônia, de 0,6% em 2010 para 0,7% em
2011, influenciado pelo impacto da construção das hidrelétricas de Jirau
e de Santo Antônio, no rio Madeira.
A região Nordeste reduziu sua participação em 0,1 ponto percentual em
2011, representando 13,4% do PIB. Dos Estados nordestinos, apenas
Maranhão, Paraíba e Bahia alteraram suas participações no PIB
brasileiro.
Maranhão (1,3%) e Paraíba (0,9%) avançaram cada um cerca de 0,1 ponto
percentual. A Bahia perdeu 0,2 ponto percentual entre 2010 e 2011,
passando de 4,1% para 3,9%.
Já a região Centro-Oeste avançou 0,3 ponto percentual em 2011,
restabelecendo o nível de 2009 (9,6%). Goiás e Mato Grosso foram os
Estados que mais contribuíram para este ganho de participação.
Goiás passou de 2,6% para 2,7% do PIB nacional em 2011, ganho de
participação relacionado ao desempenho da indústria de transformação.
Mato Grosso, com 1,7% do PIB em 2011, ampliou participação em 0,1 ponto
percentual em relação a 2010. Este ganho está relacionado à expansão da
agropecuária, que passou de 6,9% em 2010 para 8% em 2011, influenciada
pelo aumento do preço do milho e pelo aumento da produção de soja.
PIB per capita do DF é três vezes maior que o nacional
Em 2011, sete Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná) e o Distrito
Federal apresentaram PIB per capita acima da média brasileira (R$
21.535,65).
O Distrito Federal, com o maior PIB per capita brasileiro,
R$ 63.020,02, representou quase três vezes a média brasileira e quase o
dobro da registrada em São Paulo (R$ 32.449,06), o segundo maior do
país.
Entre os Estados com menor PIB per capita, encontram-se Maranhão (R$ 7.852,71) e Piauí (R$ 7.835,75).
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