Meta de superávit primário é de 1,2% para 2015, diz Joaquim Levy, novo ministro da Fazenda
Segundo o futuro ministro, é importante que o país retome a estabilidade, a fim de crescer e sustentar avanços sociais. A equipe econômica, anunciada na quinta-feira (27), inclui Nelson Barbosa no Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central.
O
presidente do Banco Central Alexandre Tombini à
esquerda, o novo ministro da Fazenda Joaquim Levy no centro, e o novo
ministro do planejamento Nelson Barbosa à direita (Foto: AP
Photo/Eraldo Peres)
A presidente Dilma Rousseff anunciou,
nesta quinta-feira (27), os nomes que compõem sua nova equipe
econômica. Joaquim Levy assumirá como ministro da Fazenda, Nelson
Barbosa como novo titular do ministério do Planejamento e Alexandre
Tombini permanece no cargo de presidente do Banco Central. Segundo
comunicado do Palácio do Planalto, os ministros Guido Mantega
(Fazenda) e Mirian Belchior (Planejamento) permanecem em seus cargos
até que se conclua a transição, com a formação das equipes de
seus sucessores.
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Ex-secretário do Tesouro Nacional,
Joaquim Levy é conhecido por ter um perfil fiscal conservador. Ele
afirmou que a prioridade do governo será melhorar as contas
públicas, mas se recusou a tratar o tema como uma emergência. "A
gente não está num momento de crise. É importante construir as
bases para os próximos anos", afirmou. Ele disse que pretende
fazer um ajuste gradual, com superávit primário de 1,2% do PIB em
2015 e 2% nos dois anos seguintes. Superávit primário é o
saldo positivo nas contas do governo antes do pagamento de juros da
dívida pública.
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Levy acrescentou que não há nenhuma
medida imediata para ser anunciada pela nova equipe econômica.
"Algumas coisas estão sendo discutidas, no caminho de reduzir
despesas", disse, acrescentando que não se pensa em pacotes.
"Temos que olhar todas as despesas que forem possíveis. É um
trabalho de reequilíbrio da economia e que envolve diversos
instrumentos", afirmou.
De acordo com Levy, há um compromisso absoluto da presidente Dilma com as metas de reequilíbrio da economia e de recuperação dos resultados fiscais. Segundo ele, esse reequilíbrio é importante para que o país cresça e possa sustentar,com isso, os gastos públicos e políticas sociais do governo. "Se não tiver crescimento, é mais difícil ter política pública", afirmou. "As escolhas serão feitas de tal maneira que os agentes econômicos e empresas possam escolher com tranquilidade, fazendo as decisões fundamentais para que a gente continue avançando na área social, para pessoas terem melhor padrão de vida e aproveitando oportunidades", afirmou. O futuro ministro da Fazenda acrescentou que o equilíbrio da economia é feito para garantir os avanços sociais.
Questionado sobre o grau de independência para conduzir a economia no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, ele afirmou que "a autonomia está dada". "O objetivo é claro, os meios a gente conhece, e há suficiente grau de entendimento dentro da própria equipe", afirmou.
De acordo com Levy, há um compromisso absoluto da presidente Dilma com as metas de reequilíbrio da economia e de recuperação dos resultados fiscais. Segundo ele, esse reequilíbrio é importante para que o país cresça e possa sustentar,com isso, os gastos públicos e políticas sociais do governo. "Se não tiver crescimento, é mais difícil ter política pública", afirmou. "As escolhas serão feitas de tal maneira que os agentes econômicos e empresas possam escolher com tranquilidade, fazendo as decisões fundamentais para que a gente continue avançando na área social, para pessoas terem melhor padrão de vida e aproveitando oportunidades", afirmou. O futuro ministro da Fazenda acrescentou que o equilíbrio da economia é feito para garantir os avanços sociais.
Questionado sobre o grau de independência para conduzir a economia no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, ele afirmou que "a autonomia está dada". "O objetivo é claro, os meios a gente conhece, e há suficiente grau de entendimento dentro da própria equipe", afirmou.
Nelson Barbosa, futuro ministro do
Planejamento, manteve o mesmo tom calmo de Levy. Afirmou que
trabalhará para conferir maior eficiência ao gasto público e que a
continuidade da inclusão social no país depende da estabilidade
econômica. "Isso (o ajuste das contas e o combate à inflação)
não é contraditório com as políticas de inclusão social",
disse.
O presidente do Banco Central,
Alexandre Tombini, que continuará à frente da instituição no
segundo mandato de Dilma, salientou que a instituição trabalha para
manter a inflação sob controle e para que ela retorne à trajetória
de convergência para o centro da meta, de 4,5% ao ano, ao longo dos
próximos dois anos. Ele admitiu que o patamar da inflação está
elevado (6,6% em 12 meses até outubro). "A política monetária
deve se manter especialmente vigilante para conter efeitos de segunda
ordem desses efeitos relativos, para evitar que ajustes se espalhem
para o resto da economia", disse. Tombini também manifestou
desejo de que a política fiscal, ao conter os gastos públicos,
contribua com a contenção da inflação. O Comitê de Política
Monetária (Copom) se reunirá em 2 e 3 de dezembro para definir o
rumo da taxa básica de juros, a meta da Selic, atualmente em 11,25%
ao ano.
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2014/11/meta-de-superavit-primario-e-de-b12b-para-2015-diz-joaquim-levy-novo-ministro-da-fazenda.htm
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