PIB DA BAHIA CAI 1,7%, NA CONTRAMÃO DO BRASIL QUE CRESCEU 0,1%
28/11 - 11:31hs -
Na contramão do Brasil, que cresceu 0,1%, o Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia sofreu forte queda no 3º trimestre de 2014, em relação ao trimestre anterior, reduzindo-se em 1,7%.
O baixo crescimento do PIB no terceiro trimestre na Bahia foi resultado da forte retração no setor industrial e da construção civil, que enfrenta a maior crise dos últimos anos. Em relação ao 3º trimestre do ano passado o PIB da Bahia ainda registra um crescimento de 0,6%.
As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais -SEI. O PIB do setor industrial baiano apresentou uma queda 3,1%, quase o dobro da retração verificada no Brasil de 1,5%.
A indústria de transformação baiano baiana teve uma queda 5,6% no 3º trimestre do ano e já acumula entre janeiro e setembro, queda de 5,4%. O setores que mais reduziram a produção foram os de de veículos automotores (-40,4%), equipamentos de informática (-41,4%) e metalurgia (-5,9%).
O PIB da construção civil na Bahia também apresentou forte retração no 3º trimestre de 2014, caindo -4,1%. O setor atravessa uma forte crise o resultado expressa o menor nível de lançamentos imobiliários dos últimos anos.
Apesar de ter tradicionalmente uma postura super otimista, Geraldo Reis, diretor geral da SEI reconheceu os problemas econômicos do Estado.
“Embora a Bahia continue crescendo acima da média nacional, continue gerando empregos, o ritmo de crescimento da atividade econômica estadual vem diminuindo, impactada pela retração da indústria e pela diminuição do ritmo de crescimento do consumo”, afirmou
A queda no PIB baiano no 3º trimestre não foi maior por conta da Agropecuária. O setor apresentou expansão de 7,2% na Bahia, na comparação com mesmo período do ano anterior, acumulando no ano expansão de 13,0%, mas este resultado está influenciado pela base deprimida de comparação, já que o ano passado foi de forte seca.
O setor de serviços, por outro lado, registrou expansão de 1,9%, puxado, sobretudo, pela ligeira recuperação da Administração Pública (1,9%) e pelo setor de transportes (5,8%).
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